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11/07/10

HISTÓRIA DE UMA VIDA

Chamo-me RUI MANUEL PIRES GALVÃO, tenho 41 anos, sou filho de ZULMIRA VICTURINO PIRES e JOAQUIM MATEUS GALVÃO, tenho dois irmãos e uma irmã, mais novos. ANA BEATRIZ, é a minha sobrinha de seis anos, filha do meu irmão a seguir a mim. A vida não é só formada por coisas boas, hoje poderíamos ser seis irmãos no total, só que dois faleceram poucos meses depois de terem nascido, acho que nunca se soube bem porquê, o meu pai também faleceu, num acidente de trabalho, tinha eu 27 anos. É o ciclo da vida, vão uns para dar lugar a outros; os que vão, vão em paz e os que ficam tem de fazer com que tudo continue em frente.
Vou narrar neste texto, a história de várias etapas que se foram passando na minha vida ao longo destes 41 anos, experiências que de alguma forma tiveram grande relevância para mim. Apesar, de umas serem boas e outras menos boas, o importante, é o conteúdo que retirei desse passado para o poder aplicar transmitindo a outras pessoas, porque é assim que se vai melhorando os nossos conhecimentos, trocando informações de conhecimentos.
Entrei para a escola primária com seis anos e depressa me apercebi de que a coisa não ia correr da melhor forma, o ensino era muito à base dos puxões de orelhas e da reguada. Talvez isso também tenha contribuído para o meu insucesso escolar, e como em minha casa o método de ensino era o mesmo, reprovei duas vezes, nunca me consegui adaptar às exigências da escola. Recordo-me do professor dar muitas faltas ao longo do ano, o que para mim era uma alegria total, pois iria ter praticamente um dia inteiro para a brincadeira sem estar naquela “prisão”. O único trabalho que fazia, basicamente era acartar água para a minha mãe fazer a lida da casa e para beber. Como na altura não havia água canalizada, era necessário ir buscá-la aos fontenários.
Entretanto acabei a primária e fui estudar para a escola secundária C+S de Condeixa-a-Nova. Não tive progressos nos estudos pois estava mal preparado e sem motivação. Os meus pais nesta fase não tinham um controle tão apertado sobre mim e eu comecei a dar muitas faltas, fugindo para as salas de jogos nos cafés. O dinheiro que deveria ser para as senhas de almoço era para as máquinas. Os resultados das notas nos finais de cada trimestre eram desastrosos. Para fugir à escola e a todo este tormento, achei por bem começar a trabalhar para ganhar algum dinheiro. Como os meus pais também partilhavam da mesma ideia, acabei por abandonar a escola, com treze anos.
Colocaram-me numa oficina de automóveis, ainda nem tinha idade para ter direito à segurança social, pois só aos catorze anos é que se podia começar a trabalhar. Recordo-me de ser muito distraído e por essa razão o patrão não gostava muito de mim, nem sequer me pagava. Saí e fui para outra oficina do mesmo ramo que entretanto fechou. Mudei de emprego e de profissão. Fui para electricista industrial. Nessa altura tinha catorze anos e por ali me aguentei até cumprir o serviço militar. Penso que esta fase da minha vida teve um papel muito importante, talvez devido à idade. A pouco e pouco fui-me tornando mais responsável e também porque trabalhava na cidade, onde tudo era diferente da aldeia.
Entretanto veio a altura de cumprir o serviço militar obrigatório. Fui chamado para o quartel em Mafra, EPI, onde passei dezasseis meses. Levei aquilo como se costuma dizer, “na boa”, pois era uma brincadeira parecida com as que fazia na minha aldeia, talvez um pouco mais séria, porque os castigos normalmente implicavam ficar no quartel ao fim-de-semana e, lá se ia a ida à discoteca, ou ao baile e o convívio com os amigos da terra. Fiz alguns amigos e de vários pontos do país, os quais nunca mais vi, nem tenho contacto. Enquanto a minha ida para a tropa, deu-se um acontecimento importante nesta fase, deixei de fumar e apaixonei-me pelo desporto, que ainda hoje pratico com regularidade.
Serviço militar cumprido, mais uma troca de emprego para serralheiro industrial, estive nesta profissão durante um ano, mas achei-a muito dura: o barulho, o fumo das soldas, o risco de acidentes estava sempre presente. Não gostei e mais uma vez troquei de emprego.
Voltei às origens, ao sector automóvel. Durante três anos estive ligado a electricidade auto, depois descobri que realmente o que eu gostaria mesmo era de ser mecânico, então passei para a parte de mecânica. Neste emprego conheci muitas pessoas e de diferentes classes sociais, das quais me tornei amigo até aos dias de hoje. Foi neste período que dei um outro passo importante, dediquei-me à pintura artística, já desde pequeno que tinha por hábito fazer brinquedos em madeira, em casca de pinheiro ou em ferro e, devo dizer, que tinha algum jeito.
Continuava a sentir necessidade de estudar, pois não tinha o sétimo ano feito o que estava a causar um certo incómodo. Abriu um curso de electricidade industrial aqui na aldeia, em Anobra, terra onde nasci e moro. Este curso dava equivalência ao sétimo ano, fiz aquilo sem qualquer problema. Contudo era preciso mais, sentia aquela vontade de ir um pouco mais longe. Matriculei-me no ensino nocturno, na escola C+S de Condeixa, completando o oitavo ano. Acabei por desistir pois na altura andava de mota e não era fácil deslocar-me, em especial no inverno.
Mais uma troca de emprego, em busca de melhores condições de trabalho e de melhor ordenado. Troquei a tradicional oficina por uma instituição, a APCC, onde comecei a ensinar mecânica a crianças com problemas de inserção social ou com deficiência, cujo objectivo é inseri-los no mercado de trabalho. Devo confessar que de princípio não me foi fácil habituar a esta nova profissão, pois tinha de lidar com um conjunto de situações novas, quer sejam elas de nível emotivo, quer do nível de organização. Nesta profissão tenho de lidar com outros factores, dos quais não estava habituado lidar.
Desde que trabalho nesta instituição, completei o nono ano através do processo RVCC, onde também tenho feito uma série de formações ligadas a várias áreas, uma dessas formações é o CAP. Em que área?
Ligado ao desporto para deficientes, tirei um curso de árbitro de BOCCIA, o qual exerci durante três anos como árbitro Nacional, conheci pessoas fabulosas, estou a falar de pessoas que abdicam da sua vida pessoal por esta causa, devo dizer que não é nada fácil, são poucos os fins-de-semana ou feriados que tem para gozar.
Também através da APCC tirei uma pequena formação como monitor de desportos radicais, onde exerço este cargo., Estas actividades são adaptadas aos nossos utentes com deficiência, como por exemplo: o btt; a canoagem; as caminhadas pedestres; a escalada em parede artificial; o paint-ball e tiro com arco.
Fora da hora laboral, as minhas paixões são o ciclismo, ao qual dedico muito tempo. Através desta modalidade desportiva tenho conhecido muito o nosso país, conhecendo muitas pessoas e feito algumas amizades. Através do ciclismo tenho participado em causas de beneficência, angariando donativos para colegas ligados à modalidade, que por razão de doença tiveram de abandonar este desporto.
Outra paixão, é a pintura artística. Apesar de actualmente não lhe dedicar muito tempo já realizei algumas exposições em bares, tendo conseguido vender três quadros. Os estilos artísticos de que gosto são, o Barroco e o Impressionismo. Os meus mestres de maior referência são, MURILLO, no caso do Barroco e VAN GOGH, no caso do Impressionismo.
Gosto de viajar, conhecer culturas diferentes, andar longe daqui. Países nos quais já estive: Alemanha, França e Espanha.
Em Espanha, para além de lá ter ido várias vezes por curtos períodos de tempo, passei também férias em Marbelha com um grupo de amigos, durante quinze dias.
À Alemanha, costumava ir com um grupo de amigos buscar automóveis para venda. Passávamos cerca de três dias neste país, viajando de um lado para o outro, normalmente entre Muniche e Sttutegarde. Cheguei a ir a uma festa de cerveja em Muniche. À noite, costumávamos ir às discotecas.
A viagem de ida era feita de avião e a de regresso conduzíamos os automóveis até Portugal, passando uma noite em França.
Hoje encontro-me aqui, a frequentar o curso EFA, 12º ano, no sentido de dar mais um passo rumo ao progresso.

O importante não é ir de pressa.
O importante é não parar.

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